Saiba como a Química Forense contribui de maneira decisiva para investigações criminais, aplicando métodos científicos precisos na análise de evidências.
Você sabia que a Química pode ser uma peça-chave na resolução de casos judiciais? A Química Forense, uma área especializada dentro das Ciências Forenses, utiliza princípios e técnicas químicas para analisar evidências e fornecer provas em investigações criminais. No Brasil, apenas duas universidades oferecem a Graduação em Química Forense: a Universidade de São Paulo (Campus de Ribeirão Preto) e a Universidade Federal de Pelotas.
O curso da USP Ribeirão Preto, onde nossa empresa júnior está inserida, se destaca pela formação robusta e interdisciplinar, que prepara os alunos como bacharéis em Química e especialistas em técnicas analíticas forenses. Essa habilitação capacita os profissionais a aplicar métodos científicos rigorosos em contextos jurídicos, contribuindo de maneira decisiva para a solução de crimes e para o desenvolvimento de novas metodologias científicas na área forense.
Quando se fala em Química Forense, a profissão mais associada é a de perito criminal, funcionário público da polícia. No entanto, é importante lembrar que as oportunidades de atuação vão muito além da Polícia Científica. Um profissional formado em Ciências Forenses pode trabalhar como perito criminal, mas também pode seguir carreira como pesquisador em instituições de pesquisa. Além disso, pode atuar como assessor técnico, sendo contratado por uma das partes do processo para analisar o caso, revisar os laudos oficiais e fornecer um parecer, que pode contestar ou complementar as conclusões apresentadas. Outra possibilidade é atuar como perito do juízo, que, embora similar ao assessor técnico, é nomeado pelo próprio juiz e não por uma das partes envolvidas.
A resolução de crimes frequentemente envolve a criminalística, que é o estudo detalhado do local do crime e das evidências encontradas. Um perito criminal é essencial nesse cenário, pois suas funções incluem:
Quando discutimos a perícia criminal, especialmente os peritos vinculados a órgãos governamentais, é importante entender a diferença entre as esferas estadual e federal. Na Polícia Federal, os peritos são especializados, realizando exames mais específicos, o que leva à divisão em áreas como perito químico, perito farmacêutico, perito físico, entre outros. Já na esfera estadual, as habilitações são direcionadas a áreas como crimes ambientais, crimes de trânsito, crimes contra a pessoa, crimes contra o patrimônio, balística e exames laboratoriais. No entanto, há áreas específicas que um perito químico não pode atuar, como crime de informática, crimes fiscais, adulterações de registros contábeis, e incidentes relacionados a incêndios, explosões e desabamentos.
A Química Forense realiza uma série de testes científicos cruciais para investigações criminais. Alguns dos exames mais comuns incluem:
Por exemplo, o exame residuográfico ajuda a descobrir se um suspeito disparou uma arma de fogo, detectando a presença de chumbo em suas mãos. O exame metalográfico é utilizado para revelar marcas adulteradas em metais, como numerações de armas, através de uma reação de oxirredução entre ferro e cobre. Para a revelação de impressões digitais, utilizam-se pós reveladores ou reagentes químicos. E na constatação de drogas, os testes podem ser rápidos e econômicos, como os métodos clássicos, mas com baixa seletividade. E quando se busca uma maior precisão, utilizam-se métodos instrumentais, que são mais caros e exigem maior preparo técnico, mas oferecem resultados mais confiáveis.
No âmbito forense, a análise química deve ser irrefutável para garantir justiça. Nesse sentido, os métodos instrumentais desempenham um papel crucial. Técnicas como cromatografia em camada delgada, HPLC, espectrometria de massas e espectroscopia de infravermelho são frequentemente usadas para obter resultados detalhados e confiáveis. Por exemplo, a espectrometria de massas pode identificar resíduos químicos em impressões digitais, enquanto o Microscópio Eletrônico de Varredura (MEV) acoplado a Espectroscopia de Dispersão de Energia (EDS) é utilizado em testes residuográficos e na análise de acidentes de trânsito.
As técnicas de análise são classificadas em três categorias, A, B e C, com base no seu nível de seletividade:
Para confirmar a presença de uma substância, é necessário usar:
Na Química Forense, a ética desempenha um papel fundamental. Os resultados das análises podem impactar profundamente a vida das pessoas envolvidas em um caso, e a integridade na coleta e análise de evidências é crucial. A ética orienta os profissionais a lidar com situações complexas de maneira justa e responsável, assegurando que a verdade prevaleça no sistema judicial. Além disso, a moral, composta por códigos e leis estabelecidos, guia o comportamento dos profissionais, garantindo que suas ações estejam alinhadas com padrões de justiça e respeito aos direitos humanos.
Quer saber como a Química Forense pode revolucionar investigações e garantir justiça? Continue acompanhando nosso blog para descobrir mais sobre a ciência por trás dos crimes e veja como você pode se envolver com a área. Se você é estudante ou profissional da área, compartilhe este blog para espalhar o conhecimento. E não se esqueça de seguir a Soluções Químicas Jr. no Instagram para ficar atualizado com todas as novidades!
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