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Química em Situações Extremas: Como a Ciência Ajuda em Desastres Naturais

                                                                                           Tempo de Leitura: 2 minutos

Seja por meio da ação humana sobre o ecossistema ou pela simples ação de forças além do controle do homem, a química se torna uma ferramenta indispensável quando o assunto é desastres naturais. Seja na contenção de danos ambientais ou na recuperação de áreas afetadas, os conhecimentos químicos ajudam a salvar ecossistemas e proteger vidas das mais diversas formas.

Quando a questão é incêndio!

Quando falamos de um incêndio florestal, já estamos cientes dos conceitos básicos da queima da matéria orgânica, que resulta na formação de gases como o monóxido de carbono (CO) e o dióxido de carbono (CO2), gases responsáveis pelo efeito estufa, porém, como é possível remediar um processo tão comum quanto as queimadas?

Para isso são utilizados compostos capazes de agirem como uma barreira, que dificulta a propagação do fogo, tal como o fosfato de amônio. Além disso, sobre a área afetada, pode ser utilizado um carvão vegetal, chamado de biochar, que provém da pirolise de biomassa vegetal ou animal aquecida a altas temperaturas em ambiente anóxico. Dessa forma, é prevenido a expansão do incêndio e tratada as áreas afetadas, garantindo a recuperação dos solos.

E quando o desastre acontece nos oceanos?

Uma das principais fontes de combustível utilizadas pelo ser humano é o petróleo, o qual é extraído das profundezas dos oceanos, por meio de grandes plataformas marinhas com um aparato tecnológico robusto. Porém, nem mesmo grandes tecnologias estão isentas de falhas. O que acontece quando o petróleo vaza para as águas desses oceanos?

O petróleo, proveniente de matéria orgânica, é um composto insolúvel em água, que possui grandes cadeias carbônicas, das quais são retirados variados produtos por meio da destilação fracionada, como a gasolina, o diesel e o querosene, comumente usados no dia a dia.

Uma vez lançado às águas do oceano, se torna impossível sua retirada. Dessa forma, são utilizados dispersantes químicos, que contem tensoativos aniônicos, como os alquilbenzenossulfonatos. Dessa forma, a tensão superficial entre o petróleo e a água é reduzida, o que permite a quebra em moléculas menores, facilitando a biodegradação do material.

A química está ao nosso redor e em nossas mãos!

Com base em conhecimento técnico e inovação, a química oferece soluções que salvam vidas e minimizam os danos ao planeta. No entanto, tão essencial quanto aplicar a ciência é cultivar a consciência ambiental. É preciso compreender que cada ação, cada escolha e cada avanço científico devem caminhar lado a lado com o respeito à natureza. Investir em educação, pesquisa e políticas sustentáveis é garantir que a química continue sendo uma aliada poderosa na construção de um futuro mais seguro e equilibrado para todos.

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Lucas Accorsini Matias

Assessor do ADM/Financeiro 2025