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Você sabe o que são os aditivos alimentares e porquê seu uso é tão debatido por profissionais da saúde?
Quem se lembra das aulas de Geografia sobre a Teoria Malthusiana? Elaborada por Thomas Malthus no final do século XVIII, propunha que a população crescesse em um ritmo de progressão geométrica enquanto a oferta de alimentos segue como uma progressão aritmética, o que, a longo prazo, levaria à fome e à miséria. Hoje, já no século XXI, sabemos que pelo menos 4 bilhões de toneladas de comida são produzidas no mundo, da qual a metade infelizmente é desperdiçada. Tamanho volume não seria produzido sem o auxílio da Química. Vamos entender um pouco melhor qual seu papel na produção de alimentos?
Putrefação: decomposição da carne por ação de bactérias
Oxidação: reação entre o oxigênio presente no ar e o carboidrato presente em frutas e legumes, causando a perda da água e CO2, levando assim a deterioração (quem já esqueceu uma maçã cortada sabe do que estou falando)
Fermentação: isso mesmo, o processo que é responsável pelo crescimento de massas e produção de bebidas alcoólicas pode estragar seu leite na geladeira. Isso se deve a ação de bactérias, que se proliferam e convertem a lactose presente no leite em ácido lático, “azedando” a bebida.
Com isso em mente, como é possível que os alimentos durem tempo suficiente para saírem de seus respectivos lugares de produção e cheguem até os mercados, onde ainda podem se passar dias até serem comprados e enfim consumidos?
A resposta é simples: por meio dos aditivos e conservantes!
Os aditivos são substâncias químicas (podendo ser naturais ou sintéticas) cujo propósito é tornar o alimento mais atrativo para o consumo, seja aprimorando sua aparência, textura, cheiro, sabor ou até mesmo prolongando sua durabilidade. Portanto, o conservante é um tipo de aditivo próprio para aumentar o “tempo de vida” dos alimentos, atuando como antimicrobianos e antioxidantes.
É importante dizer que, assim como os alimentos transgênicos, o uso de aditivos também é motivo de debates entre a população. Há uma preocupação a respeito do efeito dessas substâncias no organismo humano a longo prazo. Por exemplo, o consumo em excesso de aditivos pode afetar o sistema gastrointestinal, aumentar o nível de colesterol, desencadear alergias e até mesmo ser cancerígeno.
Por isso, limites diários são estudados e estipulados por órgãos como a Anvisa, a FAO e a JECFA.
Ácido Sórbico (e derivados): Usado principalmente em carne, queijos e pães. Previne bolor e leveduras.
Ácido Benzoico: Utilizado em geleias, margarinas e molhos, atuam como fungicidas e bactericidas.
Ácido Lático: Adicionado a iogurtes e produtos fermentados, inibem o desenvolvimento de bactérias, além de realçar o sabor de alimentos.
Nitratos e Nitritos: Usados especialmente para produtos à base de carne, como os embutidos, servem para realçar a cor e o sabor dos alimentos, desempenhando também o papel de antioxidantes.
Assessora de Vendas